Perceção do idoso sobre a funcionalidade familiar
DOI:
https://doi.org/10.37914/riis.v7i1.305Palavras-chave:
idoso, relações familiares, família, enfermagem familiarResumo
Enquadramento: a funcionalidade familiar é importante na avaliação das famílias idosas, pois permite o desenvolvimento de estratégias de cuidados à família. Ressalva-se que os enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Familiar são profissionais capazes de assistir às necessidades crescentes dos idosos e de suas famílias. Objetivo: avaliar a funcionalidade das famílias dos idosos de uma Unidade de Saúde Familiar, de um ACES da Região Norte de Portugal. Metodologia: estudo descritivo, transversal e de abordagem quantitativa. Teve parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da Administração Regional de Saúde do Norte (referência CE/2020/4). Amostra constituída por 60 idosos. Foi aplicado um formulário que incluiu a Escala Funcionalidade Familiar (FF-APGAR familiar). Resultados: média de idade foi 76,63 anos, maioria do sexo feminino (53,3%), casada (61,7%), possuía o 1º ciclo de escolaridade (46,7%) e vivia com o conjugue (46,2%). A maioria da amostra (71,7%) considerou a família altamente funcional, na medida em que estava quase sempre satisfeito(a) com a ajuda que recebia da família. Conclusão: os idosos da amostra apresentam uma perceção de funcionalidade familiar elevada, valorizando, sobretudo, a ajuda que recebem dos seus familiares. O enfermeiro de família deverá envolvê-la mais na prestação de cuidados para melhorar a qualidade dos mesmos.
Referências
Agostinho, M., & Rebelo, L. (1988). Família do conceito aos meios de avaliação. Revista Portuguesa de Clínica Geral, 37, 6-17.
Brito, L., Lopes, A., Oliveira, A., Reis, L., & Oinhos, J. (2019). Grau de dependência e funcionalidade familiar do idoso. Revista Kairós Gerontologia, 22(1), 447-461. https://doi.org/10.23925/2176-901X.2019v22i1p447-461. DOI: https://doi.org/10.23925/2176-901X.2019v22i1p447-461
Campos, A., Rezende, G., Efigênia, F., Vargas, A., & Gonçalves, L. (2017). Funcionalidade familiar de idosos brasileiros residentes em comunidade. Acta Paulista Enfermagem, 30(4), 358-367. https://doi.org/10.1590/1982-0194201700053. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-0194201700053
Conselho Internacional de Enfermeiros. (2016, maio 12). Enfermeiros: Uma força para a mudança. https://www.ordemenfermeiros.pt/media/8885/cievf_site.pdf.
Direção-Geral da Saúde. (DGS, 2022). Plano Nacional de Saúde 2030. Saúde sustentável: de tod@s para tod@s. DGS. https://pns.dgs.pt/
Elias, H., Marzola, T., Molina, N., Assunção, L., Rodrigues, L., & Tavares, D. (2018). Relação entre funcionalidade familiar e arranjo domiciliar de idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 21(5), 582-590. https://doi.org/10.1590/1981-22562018021.180081. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-22562018021.180081
Ferreira, Y., Santos, L., Brito, T., Rezende, F., Neto, L., Osório, N., & Nunes, D. (2019). Funcionalidade Familiar e sua relação com fatores biopsicossociais. Humanidades e Inovação. 6(11), 158-166. https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/1582.
Figueiredo, M., Grau, C., Andrade, C., Santa, L., Monteiro, M., & Charepe, Z. (2012). Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar: uma ação transformativa em Cuidados de Saúde Primários. In M. Figueiredo (Ed.), Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (pp. 55-60). Lusociência. https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/31852/1/2012_Transferibilidade%20do%20conhecimento%20em%20enf%20Família55-60.pdf.
Fortin, M-F., Côté, J., Filion, F. (2009). Fundamentos e Etapas do Processo de Investigação. (1st ed.). Lusodidacta.
Guerreiro, M., Silva, A., Botelho, A., Leitão, O., Castro-Caldas, A., & Garcia, C. (1994). Adaptação à população portuguesa da tradução do Mini Mental State Examination (MMSE). Revista Portuguesa de Neurologia, 1(9), 9–10.
Instituto Nacional de Estatística. (2017). Projeções de População Residente 2015-2080. Destaque. p.1. https://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=289229688&att_display=n&att_download=y
Ivania, V., Lucchese, R., Nakatani, A., Sadoyama, G., Bachion, M., & Vila, V. (2015). Fatores Associados À Disfuncionalidade Familiar Em Idosos Não Institucionalizados. Texto & Contexto Enfermagem. 24(2), 494-504. https://doi.org/10.1590/0104-07072015001602014.
Lima, S., Esteves, R., Teixeira, L., Ribeiro, F., & Clarisse, M. (2020). Perfil da saúde dos idosos: importância do suporte social e da funcionalidade. In H. Pereira., S. Monteiro., G. Esgalhado., A. Cunha., & I. L (Eds.), Actas do 13º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde (pp. 609-617). Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde. http://repositorio.ispa.pt/bitstream/10400.12/7583/1/13Cong NacSaude609.pdf.
Maia, C., Castro, F., Fonseca, A., & Fernández, M. (2016). A Funcionalidade Como Determinante Do Envelhecimento Ativo. International Journal of Developmental and Educational Psychology, 1(2), 229-235. https://doi.org/10.17060/ijodaep.2016.n2.v1.666. DOI: https://doi.org/10.17060/ijodaep.2016.n2.v1.666
Marôco, J. (2021). Análise Estatística com o SPSS Statistics. (8ª ed.). Report Number.
Martins, R., Santos, P., & Andrade, A. (2015). Satisfação com a vida em idosos: prevalência e determinantes. Gestão E Desenvolvimento, (23), 107-123. https://doi.org/10.7559/gestaoedesenvolvimento.2015.274. DOI: https://doi.org/10.7559/gestaoedesenvolvimento.2015.274
Oliveira, W., & Silva, T. (2020). Centro-dia para idosos e análise do APGAR familiar dos usuários sobre a funcionalidade do seu sistema familiar: um relato de experiência. Revista Kairós Gerontologia. 23(2), 201-216. http://dx.doi.org/10.23925/2176-901X.2020v23i2p201-216
ONU News. (2019, junho 17). População mundial deve ter mais 2 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos. https://news.un.org/pt/tags/envelhecimento.
Perseguino, M., Horta, A., & Ribeiro, C. (2017). The family in face of the elderly’s reality of living alone. Revista Brasileira de Enfermagem. 70(2), 251-257. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0398. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0398
Regulamento nº367/2015 da Ordem dos Enfermeiros. (2015). Diário da República: IIª série, n.º 124. https://ordemenfermeiros.pt/arquivo/legislacao/Documents/LegislacaoOE/Regulamento_367_2015_Padroes_Qualidade_Cuidados_Especializados_EnfSaudeFamiliar.pdf.
Rocha, J., Barroso, I., Caramelo, A., Rainho, C. (2022). Promotion of Healthy Lifestyles in the Elderly Integrated into an Active Aging Project in the Region of Tâmega and Sousa. Med. Sci. Forum, 17, 9. https://doi.org/10.3390/msf2022017009 DOI: https://doi.org/10.3390/msf2022017009
Silva, M., Barros, T., Loureiro, H., Ferreira, M., & Figueiredo, M. (2022). Desafios das famílias no decorrer da pandemia por COVID-19: Perspetivas de enfermeiros. Revista de Investigação & Inovação em Saúde, 6(1), 7-18. https://doi:10.37914/riis.v6i1.208. DOI: https://doi.org/10.37914/riis.v6i1.208
Smilkstein, G., Ashworth, G., & Montano, D. (1982). Validity and reliability of the family APGAR as a test of family function. The Journal of family practice, 15(2), 303–311. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/7097168/
Sousa, S. (2021). A importância do cuidador familiar na prestação de cuidados à pessoa idosa- função do enfermeiro. Ordem dos Enfermeiros. https://www.ordemenfermeiros.pt/media/23664/ago-2021.pdf.
Vera, I., Lucchese, R., Nakatani, A., Sadoyama, G., Bachion, M., & Vila, S. (2015). Fatores associados à disfuncionalidade familiar em idosos não institucionalizados. [Master's thesis, Universidade Federal de Goiás]. Texto & Contexto Enfermagem. https://doi.org/10.1590/0104-07072015001602014 DOI: https://doi.org/10.1590/0104-07072015001602014
Vilelas, J. (2020). Investigação: O Processo de Construção do Conhecimento. (3nd ed). Sílabo
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 Maria Mota, Ana Caramelo, Amâncio Carvalho
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
.png)
