Resumo
Enquadramento: a comunicação em cuidados paliativos é um contínuo repto para profissionais. Os enfermeiros são responsáveis pelo desenvolvimento destas intervenções e será destas que advém melhores resultados junto dos doentes e famílias. Objetivo: mapear as intervenções sobre a comunicação, dos enfermeiros em contexto de cuidados paliativos. Metodologia: estudo exploratório de revisão seguindo a metodologia da Joana Briggs Institute. Perante a questão “Que intervenções de comunicação são desenvolvidas pelos enfermeiros nas equipas de cuidados paliativos?”, realizou-se uma pesquisa nas bases de dados, com descritores MESH, “palliative care”, “nursing Care”, “comunication” com critérios de elegibilidade. Resultados: dos 88 estudos, selecionamos 11, apresentando critérios de seleção. Referem a existência de escassos estudos na área da comunicação em cuidados paliativos; os médicos encontram-se menos representados; a condição clínica no momento do encontro, é condicionadora e foca-se num momento único. É importante a comunicação até com ferramentas informáticas associada à tomada de decisão e realçando o seu indiscutível benefício. A comunicação é um instrumento muito pertinente entre o enfermeiro e o doente. Conclusão: a humanização da morte e o sentir do enfermeiro na passagem de informação sustentam “um sentido para a vida”. É possível mapear as intervenções dos enfermeiros e identificar limitações/lacunas dos saberes na comunicação em cuidados paliativos.
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