Estratégias não farmacológicas na gestão de sintomas em cuidados paliativos, pelos enfermeiros

Autores

  • Vera Mesquita Alves Serviço de Medicina Interna, Hospital de Viana do Castelo, ULS do Alto Minho – Viana do Castelo https://orcid.org/0009-0006-1507-9956
  • Maria Manuela Cerqueira Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Portugal; Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Portugal https://orcid.org/0000-0001-8118-5366

DOI:

https://doi.org/10.37914/riis.v7i3.403

Palavras-chave:

cuidados paliativos, sintomas, intervenções não farmacológicas, enfermagem

Resumo

Enquadramento: a esperança média de vida aumentou, exigindo aos profissionais de saúde novas competências no cuidar. Gerir sintomas em Cuidados Paliativos implica utilizar medidas farmacológicas e não farmacológicas, contribuindo para minimizar o sofrimento e preservar a dignidade. Questão de investigação: Quais as medidas não farmacológicas identificadas pelos enfermeiros na gestão de sintomas em Cuidados Paliativos? Objetivos: conhecer as medidas não farmacológicas identificadas pelos enfermeiros na gestão de sintomas em Cuidados Paliativos. Metodologia: paradigma qualitativo, exploratório-descritivo, entrevista semiestruturada a 10 enfermeiros de uma Unidade de Cuidados Paliativos. Efetuada análise de conteúdo segundo Bardin. Obtido Consentimento Informado, Livre e Esclarecido e parecer favorável da Comissão de Ética Para as Ciências da Vida e da Saúde. Resultados: as medidas não farmacológicas na gestão de sintomas têm a capacidade de promover o conforto da pessoa. Verificamos que a comunicação, as terapias complementares, a gestão ambiental, o envolvimento da família, o fornecimento de informação adequada à situação tem um papel central para a minimização do sofrimento. Conclusão: a comunicação verbal e não-verbal é entendida como uma estratégia na gestão de sintomas. As terapias complementares, o envolvimento da família e o conhecimento da pessoa doente são fundamentais para uma intervenção individualizada.

Biografias Autor

Vera Mesquita Alves, Serviço de Medicina Interna, Hospital de Viana do Castelo, ULS do Alto Minho – Viana do Castelo

Especialista e Mestre em Enfermagem à Pessoa em Situação Paliativa; Pós-graduada em Enfermagem de Saúde Familiar; Enfermeira no Serviço de Medicina Interna no Hospital de Santa Luzia de Viana do Castelo – ULSAM; ORCID: 0009-0006-1507-9956; 4900-600 Viana do Castelo. veralmmesquita@gmail.com

Maria Manuela Cerqueira, Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Portugal; Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Portugal

Doutora em Enfermagem; Especialista em Enfermagem Comunitária e Especialista em Enfermagem à Pessoa em Situação Paliativa; Investigadora da UICISA: Subdiretora da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viana do Castelo; Coordenadora do Curso de Mestrado em Enfermagem à Pessoa em Situação Paliativa na ESS – IPVC; ORCID: 0000-0001-8118-5366; 4900-760 Areosa, Viana do Castelo. manuelacerqueira@ess.ipvc.pt

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Publicado

18-12-2024

Como Citar

Mesquita Alves, V., & Cerqueira, M. M. (2024). Estratégias não farmacológicas na gestão de sintomas em cuidados paliativos, pelos enfermeiros. Revista De Investigação & Inovação Em Saúde, 7(3), 1–12. https://doi.org/10.37914/riis.v7i3.403