Será a preocupação empática dos enfermeiros uma questão de género?
PDF
PDF (English)

Palavras-chave

empatia
enfermeiros de saúde da família
enfermagem familiar
comunicação

Como Citar

Ribeiro, M., Antunes, M., & Carvalho, A. (2024). Será a preocupação empática dos enfermeiros uma questão de género?. Revista De Investigação & Inovação Em Saúde, 7(1), 1–11. https://doi.org/10.37914/riis.v7i1.297

Resumo

Enquadramento: o Enfermeiro de família deve focar-se na família, enquanto sistema e em cada um dos elementos que a constituem. Daí a importância da empatia como habilidade comunicacional. Objetivos: avaliar a preocupação empática dos enfermeiros da amostra e analisar a relação entre a preocupação empática e as caraterísticas sociodemográficas. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo-correlacional, transversal, com uma amostra de 87 enfermeiros, a quem foi aplicado um questionário. O procedimento de recolha de dados foi realizado pelos investigadores durante o mês de janeiro de 2019. Para o tratamento de dados foi utilizado o software IBM SPSS, tendo recorrido à estatística descritiva e inferencial. O nível de significância considerado foi de 5%. Resultados: do total da amostra (n= 87), a maioria era do sexo feminino (79%) e enquadrava-se no grupo etários dos 39 anos ou menos (54%). A maioria dos enfermeiros apresenta um bom nível de Preocupação Empática. A Preocupação Empática dos enfermeiros difere significativamente entre os enfermeiros de sexo diferente (t de Student: p ≥ 0,004), sendo que as mulheres obtiveram uma média mais elevada, apresentando maior Preocupação Empática. Conclusão: a Preocupação Empática dos enfermeiros pode considerar-se boa, sendo que as mulheres apresentaram maior grau de empatia do que os homens.

https://doi.org/10.37914/riis.v7i1.297
PDF
PDF (English)

Referências

Albuquerque, M.C.S., Souza, D.F.S., Maynart, W.H.C., Bezerra, L.F.D., Cassimiro, A.R.T.S., & Cavalcante, J.C. (2019). Empatia dos profissionais de enfermagem de um serviço hospitalar de emergência. Texto Contexto Enferm 8, e20170406. http://dx.doi.org/10.1590/1980-265X-TCE-2017-0406

Ferreira, M., Pereira, C., Rodrigues, M.J., Paiva, M., Arrojado, V., & Figueiredo M.H. (2020). Ganhos em saúde familiar sensíveis ao modelo dinâmico de avaliação/intervenção familiar. Revista de Investigação & Inovação em Saúde, 3(2), 7-20. https://doi.org/10.37914/riis.v3i2.84

Fumagalli, I.H.T., Sudré, G.A., & Matumoto, S. (2021). Práticas colaborativas interprofissionais em cuidados de saúde primários: um protocolo de scoping review. Revista de Enfermagem Referência, V(6), e20130. https://doi.org/10.12707/RV20130

Gonçalves, M.S. (2017). Reatividade interpessoal e regulação emocional em estudantes de Psicologia: Estudo Exploratório. [Dissertação de Mestrado não publicada]. Universidade Católica Portuguesa.

Halpern J. (2014). From idealized clinical empathy to empathic communication in medical care. Med Health Care Phil, 17(2), 301-11.

Kahriman, I., Nural, N., Arslan, U., Topbas, M., Can, G., & Kasim, S. (2016). The Effect of Empathy Training on the Empathic Skills of Nurses, Iran Red Crescent Med J., 18(6), 1–14. https://doi.org/10.5812/ircmj.24847

Kesbakhi, M.S., Rohani, C., Mohtashami, J., & Nasiri, M. (2017). Empathy from the perspective of oncology nurses. Journal of Compassionate Health Care, 4(7), 1-10. DOI: https://doi.org/10.1186/s40639-017-0036-0

Limpo, T., Alves, R.A., & Catro, S.L. (2010). Medir a empatia: Adaptação portuguesa do Índice de Reactividade Interpessoal. Laboratório de Psicologia, 8(2), 171–184. https://doi.org/10.14417/lp.640

Magalhães, A.R.V. (2019). A importância da Empatia na Comunicação Clínica e Avaliação do seu impacto Terapêutico [Dissertação de Mestrado não publicada]. Universidade da Beira Interior.

Marcysiak, M., Dąbrowska, O., & MB, M. (2014). Understanding the concept of empathy in relation to nursing. Prog Health Sci., 4(2), 75–81. http://cejsh.icm.edu.pl/cejsh/element/bwmeta1.element.ceon.element-619802f1-23d5-347d-b06f-df7d65fb0286

Marôco, J. (2020). Análise Estatística com o SPSS Statistics. 7ª ed. Report Number.

Mercer, S.W., & Reynolds, W.J. (2002). Empathy and quality of care. Br J Gen Pract., 52(Suppl: S), 9-12.

Ordem dos Enfermeiros. (2008). Dia Internacional da Família - Enfermeiros e famílias em parceria na construção da saúde para todos. OE.

Ordem dos Enfermeiros. (2015). Regulamento n.o 367/2015 - Regulamento dos Padrões de Qualidade dos Cuidados Especializados em Enfermagem de Saúde Familiar. Diário Da República, 2ª série (124), 17384–17391.

Ordem dos Enfermeiros. (2018). Ordem dos Enfermeiros Total no Território Nacional Ordem dos Enfermeiros, 1–4.

Pereira, P.S., & Botelho, M.A.R. (2014). Qualidades Pessoais do Enfermeiro e Relação Terapêutica em Saúde Mental: Revisão sistemática da literatura. Pensar Enfermagem, 18(2), 61–73. https://www.researchgate.net/publication/305502358_Qualidades_Pessoais_do_Enfermeiro_e_Relacao_Terapeutica_em_Saude/link/5792499d08ae33e89f76ece4/download

Phaneuf, M. (2002). Comunicação, entrevista, relação de ajuda e validação. Lusociência

Pinheiro, J.P., Sbicigo, J.B., & Remor, E. (2020). Associação da Empatia e do estresse ocupacional com o burnout em profissionais da atenção primária à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 25(9), 3635-3646. DOI: 10.1590/1413-81232020259.30672018

Queiroz, A.A. (2004). Empatia e respeito. Ariane Ed. Riess, H., Kelley, J.M., Bailey, R.W., Dunn, E.J., & Phillips, M. (2012). Empathy training for resident physicians: a randomized controlled trial of a neuroscience-informed curriculum. J Gen Intern Med. 27(10), 1280-6.https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3445669/pdf/11606_2012_Article_2063.pdf

Rivera, M.F.A., & Scarcelli, I.R. (2021). Contribuições feministas e questões de gênero nas práticas de saúde da atenção básica do SUS. Saúde Debate, 45(Especial 1), 39-50. 10.1590/0103-11042021E103

Sígolo, V.M., Gava, T., & Unbehaum, S. (2021). Equidade de gênero na educação e nas ciências: novos desafios no Brasil atual. cadernos pagu, 63:e216317. http://dx.doi.org/10.1590/18094449202100630017

Singer, T., & Klimecki, O.M. (2014). Empathy and compassion. Curr Biol., 24(18), R875-R8. https://www.cell.com/action/showPdf?pii=S0960-9822%2814%2900770-2

Terezam, R., Reis-Queiroz, J., & Hoga, L.A.K. (2017). A importância da empatia no cuidado em saúde e enfermagem. Rev Bras Enferm 7070(33), 697–8669. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0032

Vendruscolo, C., Trindade, L., Adamy, E., & Correia, A. (2014). Promoção da Saúde: Percepções de estudantes do Curso de Graduação em Enfermagem. Revista de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria, 4, 19-28. https://doi.org/10.5902/217976929171

Vilelas, J. (2020). Investigação – O processo de construção do conhecimento. Edições Sílabo.

Creative Commons License

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.

Direitos de Autor (c) 2024 Cristina Antunes, Fátima Ribeiro, Amâncio Carvalho