Autocuidado e funcionalidade de pessoas idosas em estruturas residenciais: um estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.37914/riis.v7i3.415Palavras-chave:
autocuidado, enfermagem em reabilitação, limitação da mobilidade, saúde do idosoResumo
Enquadramento: as estruturas residenciais para pessoas idosas surgem como resposta ao aumento de pessoas com algum nível de dependência em resultado do envelhecimento e declínio funcional. Objetivos: caracterizar o nível de dependência relativamente ao autocuidado e funcionalidade, de pessoas idosas residentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI). Metodologia: estudo observacional, descritivo, exploratório e transversal. Avaliada a condição de saúde, dependência para o autocuidado, marcha, equilíbrio, atividade física e recreativa. Resultados: incluídas 152 pessoas, verificando-se a existência de multimorbilidade e polimedicação, moderado a alto risco de queda, alterações no equilíbrio ao levantar-se e imediato. Autocuidados com maior dependência: alimentar-se, tomar medicação e arranjar-se. Incapacidade para andar e problemas moderados a graves na mobilidade foram significativos. Baixo nível de atividade física. Conclusão: a multimorbilidade, polimedicação e dependência, implicam intervenções complexas. A reabilitação pode melhorar as capacidades funcionais necessárias ao autocuidado e atenuar os efeitos do envelhecimento, condicionantes da autonomia. É essencial a modificação do paradigma assistencial, privilegiando intervenções centradas na prevenção, atenuação do declínio funcional, treino e capacitação para o autocuidado.
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